
Síndrome do Ovário Policístico

Drª. Maria Eduarda Costi
CRM/SC 25299 | RQE 20206
Acompanhe as novidades e dicas de saúde e bem-estar
CRM/SC 25299 | RQE 20206
A menopausa é conhecida como a data da última menstruação da vida da mulher, sendo a faixa etária normal para o seu acontecimento entre 45-55 anos. Antigamente chamada de Menopausa Precoce, a insuficiência ovariana prematura (IOP) ocorre devido à parada do funcionamento dos ovários antes dos 40 anos de idade. É uma condição não muito comum, que acomete 1% das mulheres, mas traz importantes alterações no organismo caso não seja tratada, como maior risco de osteoporose e doenças cardiovasculares, além da piora na qualidade de vida física e psicológica.
Na maioria dos casos, ela acontece sem uma causa exata, mas é importante que sejam descartadas algumas doenças que podem estar associadas à IOP, como síndromes genéticas, doenças autoimunes (tireoidite, diabetes mellitus tipo 1, lúpus), cirurgias prévias (retirada dos ovários), história de quimioterapia ou radioterapia.
Em relação aos sintomas, desconfia-se de uma possível IOP quando a mulher apresenta menstruações irregulares – ciclos mais longos ou ausentes – por pelo menos 4 meses. Algumas pacientes podem ainda apresentar sintomas associados à queda do estrogênio (ondas calor de, secura vaginal, dor na relação ou sintomas urinários), mas eles não são obrigatórios. É importante que, nesse momento, seja descartada a possibilidade de gestação e que sejam investigadas outras doenças que se manifestam com irregularidade da menstruação, como síndrome dos ovários policísticos e doenças da tireoide.
O diagnóstico é confirmado com base na história clínica da paciente, associado à presença de níveis elevados de um hormônio chamado FSH, que, nesse caso, estará acima de 25mUI/mL em duas dosagens consecutivas com intervalo de 1 mês entre elas.
O tratamento é realizado para aliviar os sintomas e para reduzir os riscos causados pela queda do estrogênio precocemente, principalmente na massa óssea. Exceto em situações em que a paciente apresente contraindicações, o tratamento padrão é a reposição hormonal, devendo ser mantida, pelo menos, até a idade habitual da menopausa (em torno de 50 anos). Além disso, recomenda-se o estilo de vida saudável, com a prática de atividades físicas, a ingesta adequada de cálcio e a parada do tabagismo.
Qualquer alteração na regularidade do ciclo menstrual merece investigação. Mantenha a rotina ginecológica anual em dia com sua ginecologista.
Mais artigos de