
Síndrome do Ovário Policístico

Drª. Maria Eduarda Costi
CRM/SC 25299 | RQE 20206
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CRM/SC 25299 | RQE 20206
O puerpério é conhecido como período de tempo entre o parto e o momento em que as alterações do organismo materno retornam ao estado pré-gravídico. Além das alterações físicas, é um período de transformação psicológica, sendo importante a presença de uma rede de apoio para tornar esse momento mais acolhedor. Outro ponto marcante neste período é o aleitamento materno que, quando praticado, pode ser exclusivo ou misto, e fortalece ainda mais o vínculo mãe-bebê.
Um aspecto de extrema importância e que deve ser abordado neste momento é a escolha da anticoncepção, visto que no pós-parto retoma-se a prática da atividade sexual e com ela a possibilidade de uma nova gestação. Assim como em outras fases, a contracepção tem algumas particularidades neste período, sendo levado em conta alguns fatores como: se a mulher amamenta ou não, se há contraindicações pessoais a determinados métodos e há quanto tempo foi o parto.
De forma geral, mulheres em aleitamento materno exclusivo em livre demanda – devido a alterações na regulação do ciclo menstrual - não apresentam ovulação e, portanto, não poderiam engravidar. No entanto, sabe-se que nem sempre é possível manter a livre demanda, seja devido a trabalho ou imprevistos ao longo do dia. Sendo assim, pelo risco de falha, o aleitamento materno não tem sido mais usado como único método contraceptivo no pós-parto.
Para as que amamentam, nos primeiros 6 meses de pós parto recomenda-se métodos não hormonais (seja de barreira com preservativo ou os dispositivos intrauterinos) ou que contenham apenas progestagênios, como pílulas, dispositivo intrauterino, implante subdérmico ou injetável trimestral. Na consulta de revisão aborda-se as opções de contraceptivos, podendo ser iniciados a partir da 4ª semana pós parto. Quanto aos DIUs, esses podem ser inseridos imediatamente após o parto normal ou durante a cesárea. Passados os 6 meses iniciais, caso a mulher opte por trocar de método, libera-se o uso dos métodos que contenham associação de estrogênio e progesterona (pílulas combinadas, injeção mensal, adesivo e anel vaginal).
Quanto as mulheres que não amamentam, nas primeiras 6 semanas após o parto, devido ao risco aumentado de trombose, são permitidos apenas os métodos livres de estrogênio (pílula, DIU, injetável trimestral e implante), e após a 6ª semana de puerpério, todos os métodos contraceptivos são permitidos.
Por tantas particularidades, recomenda-se o acompanhamento com profissional especializado, para que a passagem pelo período do puerpério seja mais leve e que seja escolhido o melhor método contraceptivo para você.
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