
Impactos da Vida Moderna: Estresse e Fome Emocional

Drª. Tamila Lima
CRM/RS 47452
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CRM/RS 47452
A obesidade é uma condição crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, resultando em riscos aumentados para a saúde, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e distúrbios metabólicos. O emagrecimento, embora frequentemente abordado como uma questão de comportamento alimentar e atividade física, é profundamente influenciado por fatores emocionais. Compreender essa interrelação é fundamental para o desenvolvimento de estratégias eficazes de tratamento e para a promoção de um emagrecimento saudável.
A Influência das Emoções na Obesidade
1.1) Fome Emocional: A prática de comer em resposta a emoções, conhecida como comer emocional, é um fenômeno comum. Estudos mostram que indivíduos com sobrepeso ou obesidade muitas vezes recorrem à comida como forma de lidar com estresse, ansiedade, depressão e outras emoções negativas. Esse comportamento pode levar ao consumo de alimentos hipercalóricos e ao desenvolvimento de hábitos alimentares prejudiciais.
1.2) Ciclos de Culpa e Estresse: O ato de comer para lidar com emoções pode criar um ciclo vicioso. Após episódios de comer por emoçoes, muitos indivíduos experimentam sentimentos de culpa e vergonha, o que pode resultar um aumento do estresse e, consequentemente, se tornar um ciclo vicioso. Esse ciclo dificulta o emagrecimento e a manutenção de um peso saudável.
1.3) Impacto na Autoestima: A obesidade também pode afetar a autoestima e a imagem corporal, criando um ciclo de baixa autoconfiança que pode levar a comportamentos alimentares desordenados e à resistência em buscar ajuda.
A Importância de um tratamento personalizado:
2.1) Avaliação Global do Paciente: O atendimento médico personalizado leva em consideração não apenas o aspecto físico da obesidade, mas também os fatores emocionais, sociais e comportamentais. É realizado uma avaliação abrangente e humanizada, identificando as causas subjacentes do ganho de peso e as emoções associadas ao comportamento alimentar. Com isso, criando estratégias de tratamento individualizado.
2.2) Apoio Psicológico: O suporte psicológico é essencial no tratamento da obesidade. A terapia pode ajudar os pacientes a trabalharem questões emocionais que impactam sua relação com a comida, melhorando não apenas sua saúde mental, mas também sua capacidade de emagrecimento. Ou seja, a psicoterapias é de muita importância nesse processo.
2.3) Educação Nutricional: Acompanhamento com nutricionista. Pois a educação nutricional é fundamental para promover escolhas alimentares saudáveis. Podem ajudar os pacientes a entenderem a importância de uma dieta equilibrada e a desenvolverem habilidades para a preparação de refeições saudáveis, levando em consideração suas preferências e estilos de vida.
2.4) Monitoramento e Ajustes: O acompanhamento médico e multidisciplinar regular permite monitorar o progresso do paciente e assim façam ajustes no tratamento conforme necessário. Essa flexibilidade é crucial para atender às necessidades individuais e para manter a motivação do paciente.
Conclusão
A obesidade não tem cura, mas tem controle. É uma doença crônica, progressiva, degenerativa e inflamatória, caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura. É uma condição que requer um tratamento que vai além da simples restrição calórica. Um atendimento personalizado, que leva em conta as particularidades de cada paciente. O atendimento médico personalizado com uma equipe multidisciplinar especializada, é essencial para ajudar os indivíduos a superarem os desafios do emagrecimento e a alcançarem uma saúde duradoura.
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