Doença celíaca é uma condição crônica em que nosso sistema imune responde anormalmente à ingestão do glúten (principal proteína presente no trigo, centeio e cevada), o que resulta em lesão da mucosa do intestino delgado, órgão responsável pela absorção de alimentos e nutrientes. Exemplos de alimentos que contém glúten incluem pães, massas, salgadinhos, cervejas, embutidos (salame e algumas salsichas) e condimentos (ketchup, maionese). 

A causa exata da doença ainda é desconhecida, embora uma combinação de fatores ambientais e genéticos seja importante para o seu desenvolvimento.

Com uma prevalência aproximada de 1% da população mundial, a doença celíaca pode afetar pessoas de qualquer idade, etnia, raça ou sexo, embora acometa mais crianças, sexo feminino, brancos e populações europeias.  

Principais sintomas:

Dor abdominas

Diarreia 

Dores de cabeça

Ruídos abdominais aumentados

Perda de peso

Sensação de inchaço ou estufamento

Diminuição do apetite

Gases em excesso e mal cheirosos

Dermatite (lesões de pele)

Baixa estatura em crianças

É importante salientar que os sintomas variam de pessoa para pessoa. Existem indivíduos com sintomas leves ou até assintomáticos e que podem apresentar alterações detectadas apenas em exames de sangue ou de imagem, como anemia, problemas de tireoide, fígado, ossos (osteoporose), infertilidade e doenças do sistema nervoso.

Diagnóstico

O diagnóstico de doença celíaca é realizado através de exames laboratoriais e biópsias do intestino delgado (coletadas durante uma endoscopia digestiva alta). 

Nos exames de laboratório, procura-se detectar os anticorpos que permanecem elevados em pacientes com a doença. Estes anticorpos estão presentes em cerca de 95% das pessoas com doença celíaca e raramente são detectados em indivíduos sem a doença.  Já a coleta de biópsias por endoscopia é realizada principalmente em duas situações: quando os anticorpos são positivos e deseja-se confirmar o diagnóstico, ou quando eles são negativos mas existe uma forte suspeita da doença. 

Para o diagnóstico correto, o paciente não deve restringir glúten, pois isto pode acarretar em resultados falsamente negativos. Caso o paciente apresente a doença, os familiares de primeiro grau devem ser investigados, dada a influência do componente genético.  

Tratamento

A doença celíaca não tem cura. O tratamento consiste na eliminação total do glúten da dieta. O seu consumo, mesmo que em mínimas proporções, pode lesar o intestino e gerar graves consequências a longo prazo, inclusive câncer de intestino. Se você apresenta os sintomas descritos neste artigo ou deseja maiores informações, procure um médico Gastroenterologista.