Um distúrbio que afeta a capacidade da pessoa de pensar, sentir e se comportar com clareza
Existem muitos mitos sobre a doença mental, não apenas no nosso país, mas no mundo todo. A falta de conhecimento e o preconceito podem causar mais prejuízos para o paciente na sociedade do que o próprio diagnóstico. Entre os vários transtornos, a esquizofrenia é um dos que gera mais curiosidade e alimenta a imaginação das pessoas leigas.
Mas afinal, o que é esquizofrenia?
É uma doença mental que se caracteriza por vários sintomas, entre os quais as alterações do pensamento, alucinações, delírios e diminuição do afeto. Ela não é contagiosa.
A esquizofrenia é comum?
Atinge 1% da população mundial. Acomete na mesma proporção homens e mulheres. A idade mais comum de início é entre 15 e 25 anos nos homens e 25 a 35 anos nas mulheres.
Quais são os sintomas da esquizofrenia?
Os sintomas costumam surgir de forma lenta e gradual e menos frequentemente manifestam-se de forma abrupta. Podem ser divididos em duas grandes categorias, sintomas positivos e sintomas negativos.
Entende-se como sintomas positivos:
- Delírios: ideias individuais do paciente que não são partilhadas por outras pessoas;
- Alucinações: ouvir, ver, saborear, cheirar ou sentir algo irreal;
- Pensamento e discurso desorganizado: elaborar frases sem qualquer sentido ou inventar palavras.
Entende-se como sintomas negativos:
- Prejuízos na motivação e iniciativa;
- Embotamento afetivo;
- Retraimento social;
- Apatia;
- Empobrecimento do pensamento e do discurso.
Como diagnosticar esquizofrenia?
O diagnóstico é feito pelo médico psiquiatra e se baseia exclusivamente na história clínica colhida com paciente e familiar e pelo exame de estado mental realizado no consultório.
Existe tratamento?
Os antipsicóticos são eficazes no alívio dos sintomas da esquizofrenia na maioria dos casos.
O que o paciente pode fazer para se ajudar?
É bastante útil que o paciente tenha conhecimento sobre a doença e os seus sintomas e que tenha um papel ativo no seu tratamento.
Para tanto, seguem alguns cuidados a serem observados:
- Permanecer fiel ao seu tratamento, se achar que o medicamento não está ajudando ou sentir efeitos colaterais, avisar ao seu psiquiatra;
- Ter cuidado em conservar o ritmo de sono e vigília de forma regular, dormindo as horas necessárias;
- Evitar estresse;
- Evitar uso de substâncias psicoativas, lícitas ou ilícitas;
- Fixar um programa de atividades para cada dia;
- Procurar interagir o maior tempo possível com familiares com quem tem bom relacionamento e cultivar amizades;
- Praticar atividade física regularmente;
- Manter um contato próximo com o seu psiquiatra.