
TRANSTORNOS ALIMENTARES: COMO IDENTIFICA-LOS?

Drª. Simone Lespinasse Araujo
CRM/SC 23292 | RQE 14086
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Saiba se esse tipo de cigarro é tão prejudicial à saúde quanto o ‘tradicional’:
Apesar de o comércio de cigarros eletrônicos ser proibido há 10 anos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, este tipo de produto é facilmente encontrado à venda na internet.
Mas, afinal, o que é este cigarro eletrônico que tem encontrado um espaço cada vez maior entre os fumantes?
Trata-se de um dispositivo eletrônico composto por uma bateria de lítio e um espaço para colocar o cartucho ou refil, onde fica armazenada a nicotina líquida entre outras compostos químicos. Este líquido é aquecido a altas temperaturas e os vapores são tragados pelo usuário.
Existem vários tipos e modelos, além de uma grande variedade de sabores e intensidade de nicotina. Tornou-se uma febre nos Estados Unidos, principalmente entre os mais jovens e como uma opção para redução de danos para quem fumava muito e não conseguia parar.
Dr. João Paulo Lotufo, pneumologista, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e membro da Comissão Científica de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) afirma que apesar da aparência de maior segurança e confiabilidade, este dispositivo ainda é composto por substâncias cancerígenas e o indivíduo permanece dependente de uma droga que continua o prejudicando.
Estudos recentes têm relacionado o uso de cigarros eletrônicos a lesões pulmonares decorrentes do processo de vaporização dos líquidos usados nos refis. Um estudo inicial do New England Journal of Medicine analisou 53 pacientes que apresentaram quadro de doença pulmonar grave após o uso continuado de cigarro eletrônico. Foi registrado pelo menos um caso de morte durante o acompanhamento.
Outro estudo publicado em maio deste ano no periódico Addictive Behaviors por pesquisadores ligados ao Instituto Nacional do Câncer (INCA) e à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), estimou em números absolutos, que cerca de 600 mil pessoas fumam cigarros eletrônicos e 23,5 milhões fumam cigarros “tradicionais” no Brasil.
Os usuários brasileiros deste dispositivo são mais jovens que os fumantes tradicionais e pelo alto custo, pertencem a classe socioeconômica mais elevada.
Conforme o Dr. João Paulo, existe um consenso entre os jovens de que “cigarro eletrônico e maconha não fazem mal à saúde”. Porém este é mais um mito, pois a correlação da maconha com a psicose e déficits cognitivos é um consenso. E as evidências científicas estão cada vez mais fortes de que o cigarro eletrônico, além de manter a dependência da nicotina, causa lesões pulmonares graves.
A dependência química, seja de nicotina, maconha ou qualquer outra substância é considerada uma doença e necessita de tratamento especializado de uma equipe multidisciplinar composta por psiquiatra e psicólogo.
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