
Escleroterapia líquida e escleroterapia com espuma: Conheça como funciona e quais suas vantagens

Drª. Amanda Klein
CRM/RS 37908 | RQE 38259
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CRM/RS 37908 | RQE 38259
A trombose venosa profunda pode ser considerada uma das doenças vasculares mais prevalentes e importantes. Na população brasileira, espera-se cerca de 120 a 200 mil novos casos anualmente, com uma taxa de recorre?ncia em até ¼ destes pacientes.
A trombose caracteriza-se pela formac?a?o de trombos dentro de veias profundas, sendo mais comum nos membros inferiores. Pode ocorrer também em veias de outras regiões do corpo, como nos membros superiores, no abdome ou cerebral, sendo muito menos comum.
As principais complicac?o?es sa?o: si?ndrome po?s-trombo?tica (edema e/ou dor em membros inferiores, mudanc?a na pigmentac?a?o e ulcerac?o?es na pele) e embolia pulmonar. Esta u?ltima tem alta importa?ncia cli?nica, por apresentar alto i?ndice de mortalidade.
Fatores de risco
O tromboembolismo venoso é uma doença multifatorial. Acredita-se que ocorra mais frequentemente pela convergência de situações favoráveis ao seu desencadeamento, associada a um ou mais fatores de risco.
Os fatores de risco podem ser tanto heredita?rios como adquiridos ao longo da vida, tais como: ca?ncer; idade >65 anos; obesidade; gravidez e puerpe?rio; trauma; cirurgias; imobilizac?a?o; uso de anticoncepcional oral ou terapia de reposição hormonal; veias varicosas; viagens longas; doenc?as sistêmicas; distu?rbios de coagulação hereditários.
Quadro Clínico
O quadro cli?nico pode consistir de dor, edema (inchaço), eritema (vermelhidão), cianose, veias mais aparentes e dilatadas no membro, aumento de temperatura, empastamento (endurecimento) e dor a? palpac?a?o da musculatura da perna. Muitas vezes pode ser assintomática.
Diagnóstico
É importante salientar que nenhuma avaliac?a?o cli?nica isoladamente e? suficiente para diagnosticar ou descartar a trombose venosa profunda.
É fundamental uma consulta com o cirurgião vascular onde será realizada a anamnese e o exame fi?sico, combinados possivelmente com a realizac?a?o de testes laboratoriais e exames de imagem.
Eco Doppler colorido
E? o exame de escolha para o diagno?stico da trombose, com alta sensibilidade e especificidade. Exame não invasivo que costuma ser realizado no próprio consultório.
Tratamento
O tratamento geralmente envolve o uso de medicamentos (anticoagulantes via oral ou injetável) e o uso de meias compressivas. A duração do tratamento depende do local da trombose e deverá ser orientada pelo seu cirurgião vascular.
O tratamento farmacológico na fase aguda tem como objetivos principais a não progressão do trombo, evitar a recorrência da trombose, impedir a embolia pulmonar e reduzir a ocorrência de síndrome pós-trombótica (sequela após episódio de trombose).
As meias de compressão graduada melhoram a func?a?o de bomba da musculatura da panturrilha, reduzindo o edema e otimizando a microcirculac?a?o cuta?nea. Também reduz a incidência de síndrome pós-trombótica
Eventualmente podem ser indicados outros tipos de tratamento, como o endovascular, em casos selecionados.
Afinal, por que é essencial o tratamento pelo cirurgião vascular?
A avaliação individualizada do paciente pelo especialista é fundamental desde o adequado diagnóstico, visto ser uma patologia com sintomas que se confundem com outras doenças, prosseguindo com a investigação apropriada e o tratamento correto. É o cirurgião vascular quem investigará as causas do evento trombótico e quem fará o acompanhamento e tratamento de possíveis sequelas, que geram um impacto social significativo.
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