
Laser endovenoso: O que é, como funciona e quais suas vantagens

Drª. Amanda Klein
CRM/RS 37908 | RQE 38259
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As varizes dos membros inferiores são patologia comum na prática clínica, podendo levar a complicações que geram morbidade significativa, como quadros de trombose, varicorragia (sangramento) e úlceras varicosas.
O tratamento com escleroterapia líquida dos microvasos e escleroterapia com espuma das varizes tem como objetivos realizar a ablação das veias varicosas, melhorar a função venosa, aliviar os sintomas, melhorar a aparência estética, prevenir e tratar as complicações da insuficiência venosa crônica, além de melhorar a qualidade de vida.
O que é a escleroterapia?
A escleroterapia é um método ambulatorial e minimamente invasivo muito difundido, que pode ser utilizado parao tratamento das microvarizes dos membros inferiores (escleroterapia líquida) ou em varizes de qualquer calibre (escleroterapia com espuma).
Como funciona?
A escleroterapia consiste na injeção de medicamentos esclerosantes visando à destruição da veia tratada por meio de seu endurecimento, ou seja, fibrose.
Vantagens do tratamento
- Minimamente invasivo;
- Ambulatorial;
- Praticamente indolor;
- Não precisa de repouso ou afastamento do trabalho.
- Sem cortes;
Indicações de escleroterapia líquida
- Microvasos;
- Queixa estética ou sintomas associados, como desconforto local;
- Prevenção de varicorragia.
Indicações de escleroterapia com espuma
- Todos os tipos de varizes;
- Auxiliar na cicatrização de úlceras de estase;
- Tratar malformações venosas.
Contraindicações
- Alergia conhecida ao agente esclerosante;
- Doença sistêmica grave;
- Trombose venosa profunda recente;
- Infecção local ou sistêmica;
- Impossibilidade de deambular;
- Doença arterial grave;
- Gestação ou aleitamento materno;
- Trombofilia e história de trombose venosa de repetição.
Procedimento
É muito importante um adequado mapeamento venoso anterior ao tratamento, realizado no próprio consultório, através do ecodoppler venoso dos membros inferiores.
Realiza-se a limpeza da pele com álcool a 70% e se faz a punção direta dos microvasos com agulha de fino calibre, injetando o esclerosante dentro do vaso, realizando a compressão do local de punção com curativo local ou creme de barreira.
Já na escleroterapia com espuma a punção de vasos maiores deve ser guiada por ultrassom e, faz-se um botão anestésico no local da punção, devido ao uso de agulhas de maior calibre. A produção da espuma é feita misturando-se polidocanol líquido com ar ambiente por meio de duas seringas conectadas a uma torneirinha de três vias, turbilhonando o líquido e o gás por meio de uma manobra de “vai e vem”, até formar visualmente uma espuma homogênea, como uma mousse. A injeção da espuma dentro do vaso é acompanhada pela imagem do ultrassom.
Recomendações pós-procedimento
- Evitar exposição solar por 15 dias.
- O uso de meias de compressão é recomendado por vários autores, e parece nos permitir melhores resultados tanto quanto à cicatrização das veias tratadas quanto na menor incidências de complicações.
- O emprego de gelo ou cremes heparinoides poderá ser utilizado na recuperação do local tratado.
Complicações
Assim como qualquer técnica terapêutica, a escleroterapia pode evoluir com algumas complicações.
- Pigmentação cutânea;
- Neovascularização que leva à formação de novelos telangiectásicos;
- Urticárias nos locais injetados
- Escaras ou úlceras cutâneas;
- Tromboflebites superficiais e profundas;
- Reações alérgicas sistêmicas.
A escleroterapia é um tratamento eficaz e muito seguro quando realizado por profissional treinado e habilitado, o cirurgião vascular. Devido às variações técnicas disponíveis, cada caso deve ser individualizado e ajustado de acordo com a evolução do tratamento.
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