
PLÁSTICA GENGIVAL: PROCEDIMENTO RESPONSÁVEL PELO SORRISO MAIS BONITO E SAUDÁVEL

Drª. Dany Paula Furlanetto
CRO/SC - 5098
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Quimioterapia e radioterapia podem causar problemas na boca que costumam atrapalhar a recuperação
Toda doença que tem como característica o crescimento celular descontrolado, gerando células anormais neoplásicas e com capacidade de invadir outros órgãos, é chamada de câncer. Quando acomete a cavidade bucal e os lábios, recebe o nome especifico de câncer de boca.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 15.490 novos casos de câncer de boca são diagnosticados por ano no Brasil. As regiões mais afetadas são a parte posterior da língua, o assoalho bucal, as bochechas, as gengivas, o céu da boca e a região do trigono retromolar (que fica atrás dos dentes molares).
Independente de o diagnóstico ser câncer de boca ou região de cabeça pescoço, em qualquer tratamento oncológico passar por uma consulta odontológica antes de iniciar os procedimentos é crucial.
A boca pode ser uma fonte rica em bactérias que são especialmente perigosas para quem vai entrar em tratamento contra o câncer.
Na consulta pré-tratamento, procuramos um possível foco de infecção, que pode ser uma doença periodontal (doença da gengiva e de todos os tecidos que dão suporte ao dente) ou cáries muito profundas. Também verificamos dentes com mobilidades e que precisam ser removidos antes de iniciar o tratamento oncológico. Isso é de extrema importância, pois os pacientes que fazem uso de quimioterápicos ficam com o sistema imunológico mais debilitado. Então uma doença periodontal, por exemplo, que estava lá crônica e a pessoa nem sabia que tinha, pode se agudizar e virar um grande problema.
EFEITOS DA QUIMIOTERAPIA
Algumas drogas têm a capacidade de afetar a mucosa da boca causando inflamações e feridas semelhantes a aftas, mas que são chamadas de mucosites. Muitas vezes o paciente está debilitado e ele não consegue comer por causa da mucosite, porque sente muita dor. A mucosa é uma proteção, uma barreira protetora, e quando temos a quebra dessa barreira, há maior risco de infecção por agentes oportunistas. Por isso, na fase de imunossupressão, elas têm maior probabilidade de acontecer. Uma das formas de prevenção da mucosite é a laserterapia de baixa intensidade. O laser é um bioestimulador que auxilia na redução do processo inflamatório, modula a dor e auxilia no processo de reparo do tecido lesado. É importante conversar com seu oncologista sobre essa possibilidade.
EFEITOS DA RADIOTERAPIA
Pacientes com câncer na região da cabeça e pescoço e que são submetidos a radioterapia precisam de cuidados maiores, porque ele vai produzir menos saliva. Além disso, como é justamente a região que inclui a boca a ser irradiada, há riscos de desenvolver um tipo de cárie com um efeito colateral tardio, denominada cárie de radiação. Atualmente você vê menos do que há alguns, por conta das radioterapias com intensidade modulada, mas ainda assim é preciso muita atenção. Esse tipo de cárie, que atinge a porção entre dentes e gengivas, se desenvolve muito rapidamente e há um enorme risco de o paciente acabar perdendo o dente.
RECOMENDAÇÕES A SEREM SEGUIDAS DURA O TRATAMENTO DO CÂNCER
Consulta periódicas, escovar os dentes com pasta contendo flúor, passar fio dental suavemente, fazer gargarejos com bicarbonato de sódio, remover a dentadura e fazer sua limpeza adequadamente, escolher alimentos que exijam pouca ou nenhuma mastigação, evitar alimentos ácidos, picantes, salgados e secos.
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