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Fertilização in vitro

Fertilização in vitro
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Em 25 de julho de 1987 nasceu o primeiro bebê de Fertilização in Vitro (FIV), que recebeu o nome de Louise Brown no Oldham General Hospital na Inglaterra. Isso foi possível pelas pesquisas realizadas pelo Dr. Patrick Steptoe, ginecologista e pelo Dr. Robert Edwards, um fisiologista da Universidade de Cambridge.        


A Fertilização in Vitro é uma técnica de alta complexidade para o tratamento de infertilidade que tem altas taxas de sucesso quando comparadas com técnicas de baixa complexidade como são a inseminação e coito programado. O objetivo é promover o encontro do óvulo com o espermatozoide fora do útero no caso da FIV clássica, hoje menos realizada. A FIV com ICSI consiste na injeção do espermatozoide através de um micro agulha no oócito maduro.


Ao iniciar o tratamento a paciente precisa receber doses diárias de hormônio que estimulam os ovários para aumentar a quantidade e a qualidade dos folículos, os mesmos devem atingir o diâmetro médio entre 18 a 22 mm e o endométrio uma espessura de mais de 7 mm, quando isso ocorre é realizada uma injeção de HCG  que termina o amadurecimento dos óvulos, que são aspirados 35 horas depois de esta última medicação. 


O procedimento é realizado com anestesia geral através da punção dos ovários pela vagina guiada por ultrassonografia transvaginal. Os óvulos aspirados são levados no laboratório e submetidos ao processo de fertilização que pode ser de forma clássica ou com a injeção intracitoplasmática de espermatozoide, do inglês ICSI 


(Intracytoplasmatic Sperm Injection). Os embriões são desenvolvidos e acompanhados no laboratório e posteriormente transferidos ao útero em 3 a 5 dias, tendo por objetivo chegar ao estágio de Blastocisto. A chance de sucesso desta técnica pode chegar a 60% em condições favoráveis e em paciente com menos de 35 anos.


As evidências atuais são suficientes para demonstrar uma tendência uniforme em todo o mundo da realização de ICSI na maioria dos casos. As razões para isso ainda não estão bem estabelecidas. O uso mais liberal da técnica com fator masculino leve, infertilidade mista e sem causa aparente, baixo número de oócitos e falhas de FIV prévia entre outras. 


 


As indicações clássicas: 


 


- Obstrução tubária


- Endometriose


- Idade avançada


- Fator masculino grave (contagem baixa, alterações da motilidade e alterações graves da morfologia)


 


A Técnica da FIV é relativamente complexa:


 


- Bloqueio Hipofisário


- Estimulação do crescimento folicular


- Coleta dos Óvulos


- Fertilização dos óvulos


- Transferência do embrião para o útero


- Controle hormonal até o teste de gravidez


 


O número de embriões a ser transferidos depende da idade da mulher, da legislação vigente e da qualidade dos embriões. Hoje é permitida a transferência de até 04 embriões em mulheres acima de 40 anos. A transferência dos embriões é feita sem anestesia e guiada pela ecografia abdominal. 


O suporte hormonal com progesterona é iniciado no dia seguinte da coleta. O teste de gravidez é realizado 11 dias após a transferência dos embriões. 


As taxas de sucesso da FIV dependem de vários fatores, mas o melhor preditor


de sucesso é a idade da mulher, em mulheres abaixo de 35 anos a taxa de gravidez é de até 60% em ciclos de FIV, essa taxa cai para menos de 20% na maiores de 40 anos. 


As complicações da FIV são incomuns e em geral não são graves, entre as complicações agudas temos a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana (SHO) grave em apenas 0,5 a 2%. A forma leve a mais comum com frequência de 20%.


 
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Dr. Roberto Carlos Montecinos Gallo