
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA: SAIBA O QUE É E COMO PREVENIR

Drª. Cristianne Pacheco Bohme
CRM/SC 9568 | RQE 9580
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O Leiomioma é um mioma uterino é o tumor benigno mais frequente na mulher em idade reprodutiva com origem nas células musculares lisas do miométrio. Há incidência de até 70 % na população feminina, se tornando a principal causa de histerectomia, remoção de parte ou da totalidade do útero.
Não se sabe bem o que causa os miomas, sendo estes provavelmente o resultado de alterações genéticas, hormonais, vasculares e fatores externos. Os fatores de risco são idade, história familiar (1 grau), obesidade, raça negra, menarca precoce, nuliparidade, dieta (ricas em carne vermelha e álcool) e hipertensão arterial.
Principais localizações dos miomas
Subserosos: porção externa do útero cresce para fora, não costumam afetar o fluxo menstrual, porém podem ser desconfortáveis pelo seu tamanho e compressão sobre outros órgãos da pelve.
Submucoso: crescem abaixo do miométrio, são menos comuns e provocam intensos e prolongados períodos menstruais.
Intramurais: crescem no interior da parede uterina e se expandem fazendo com que o útero aumente de tamanho. São os mais comuns e mais sintomáticos.
Os sintomas do leiomioma são diversos, incluindo sangramento uterino anormal (fluxo intenso e prolongado), dor pélvica, dismenorreia, dispareunia (dor genital ou pélvica durante o contato íntimo ou durante o clímax), alterações urinarias e intestinais (por compressão das estruturas).
O diagnóstico é feito através de eexame clínico, ultrassonografia transvaginal, histeroscopia e ressonância magnética pelve.
Tratamento
Mulheres com miomas assintomáticos devem ser asseguradas que não existem grandes preocupações com malignidade e tratamento não é indicado. O tratamento de mulheres com sintomas deve ser individualizado, com base na sintomatologia, tamanho e localização dos miomas, idade, e desejos de preservação da fertilidade ou do útero.
A terapia medicamentosa é a comumente utilizada para o sangramento uterino anormal, em fase aguda ou de manutenção. Podem ser utilizados: AINES (anti-inflamatórios não esteroides); Ácido tranexâmico - agente antifibrinolítico; Contraceptivos orais combinados e progestogênios - induzem atrofia endometrial e reduzem a produção de prostaglandinas; Dispositivo intrauterino liberador de levonogestrel (SIU-LNG) - não deve ser usado quando miomas distorcem cavidade endometrial; Análogos do GnRH - promove amenorreia e apresenta uma redução significativa (25% a 80%) do tamanho uterino .
Tratamento cirúrgico
O tratamento de eleição para leiomiomas é cirúrgico. A histerectomia é o tratamento definitivo, podendo ser realizada por via abdominal ou vaginal. A laparoscópica é o método recomendado para mulheres com prole completa, e a miomectomia por várias técnicas, ablação endometrial e embolização das artérias uterinas são procedimentos alternativos.
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