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CRM/SC 3854 RQE 909
Quando uma pessoa é vacinada contra o sarampo, a poliomielite ou o tétano não terá mais estas doenças. Por que não acontece o mesmo com a vacina contra a gripe?
Comecemos diferenciando gripe e resfriado. Apesar de apresentarem alguns sintomas em comum, são doenças bem diferentes.
O resfriado, acometendo geralmente as vias aéreas superiores, leva a sintomas mais brandos, geralmente sem febre. É provocado por diversos vírus, sendo o mais comum o rinovírus. Só ele apresenta dezenas de cepas diferentes. Não existe vacinas contra o rinovírus.
A gripe é outra doença. Também provocada por vírus, leva a sintomas muito mais graves: prostração intensa, febre alta e muitas dores musculares. O agente da gripe é o vírus influenza. Os principais tipos que provocam doença em humanos são o Influenza A e B.
A vacina da gripe é direcionada contra estes vírus.
O problema é que existem diferentes tipos de vírus Influenza A e B.
Problema maior é que estes vírus mudam com muita freqüência, praticamente todos os anos. Muitas vezes mutações menores, algumas vezes grandes mudanças. Um exemplo de grande mutação foi o vírus influenza A H1N1(gripe suína) que em 2009 provocou milhares de mortes.
Estas grandes mudanças geralmente acontecem com intervalos de décadas.
A vacina da gripe é feita de acordo com os vírus que estão circulando no mundo em um determinado momento. Existem diversos postos sentinelas em diferentes países que recolhem amostras destes vírus e os enviam para a Organização Mundial de Saúde. Aí são escolhidos os vírus que farão parte da vacina para a próxima temporada.
Os vírus escolhidos são injetados em ovos fertilizados, onde rapidamente se reproduzem. São depois purificados e mortos com produtos químicos. O processo é lento. Da escolha das cepas virais à comercialização das vacinas decorrem meses.
Se os vírus que estão provocando gripe este ano forem semelhantes àqueles recolhidos pelos laboratórios sentinelas no ano passado, o grau de proteção será alto. Caso contrário, se os vírus mudarem muito, a defesa será menor.
Independente destas incertezas, sempre é melhor vacinar.