SETEMBRO VERDE PREVINA-SE DO CÂNCER DO INTESTINO

Estima-se que só no Brasil mais de 40 mil pessoas são diagnosticadas com câncer colorretal anualmente. Excluindo-se neoplasia de pele não melanoma, em algumas regiões do Brasil esse câncer é o segundo mais incidente em homens (só perde para o câncer de próstata) e o segundo mais incidente em mulheres (só perde para o câncer de mama). Essa neoplasia apresenta mortalidade elevada, sendo a terceira maior causa de morte por câncer no Brasil.
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento deste tipo de câncer são:
- Idade acima de 50 anos;
- Presença de pólipos intestinais (do tipo adenoma ou serrilhado);
- Obesidade, devido ao fato da gordura corporal elevar os níveis de insulina, com decorrente crescimento celular e inibição do processo de apoptose, além de promover um estado de inflamação crônica no organismo;
- Inatividade física, pois se sabe que a atividade física reduz os marcadores inflamatórios, regula hormônios responsáveis pela saúde digestiva e regula o tempo de trânsito gastrointestinal, reduzindo o tempo de exposição de substâncias cancerígenas com a mucosa do intestino;
- Ingestão de álcool, que é convertido em acetaldeído, substância carcinogênica;
- Tabagismo;
- Histórico familiar de câncer colorretal;
- Presença de doenças inflamatórias do intestino (retocolite ulcerativa e doença de Crohn);
- Ingestão de carnes vermelhas e carnes processadas, bem como a baixa ingestão de frutas, legumes e verduras. - recomenda-se para a limitar o consumo de carne vermelha em 500 gramas por semana.

Em 75% dos casos, os tumores do intestino se iniciam através da formação de pólipos do tipo adenoma e, em cerca de 15%, através de pólipos serrilhados. A progressão do adenoma para o câncer pode levar mais de 20 anos, já os serrilhados podem ter uma progressão mais rápida. A maioria dos pólipos adenomatosos e serrilhados não evoluirá para o câncer, no entanto, elevam seu risco, principalmente se forem grandes (maiores que 10 mm de diâmetro) ou apresentarem alterações visualizadas em biópsia como componente viloso e displasia de alto grau.
Alguns sintomas podem estar presentes na presença de câncer colorretal. O paciente deve suspeitar em caso de mudança de hábito intestinal (diarreia ou constipação), perda inexplicável de peso, fezes escuras ou com sangue visível, anemia, massa ou dor abdominal constante.
Felizmente, os pólipos colônicos e retais podem ser facilmente identificados no exame de colonoscopia. O rastreamento de pólipos, através desse exame, deve ser realizado por todos os indivíduos com idade de 45 anos ou mais. Em caso de histórico familiar, o rastreamento deve ser iniciado aos 40 anos, ou 10 anos antes da idade do familiar no momento do diagnóstico da neoplasia intestinal. Quando detectados no exame de colonoscopia, os pólipos são removidos no próprio exame, evitando a formação do câncer. Este exame é seguro e realizado sob sedação. Se você apresenta qualquer sintoma suspeito, ou apresenta 45 anos ou mais, converse com seu médico, realize o exame de colonoscopia e previna-se do câncer colorretal.